segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Inventário

O ano de 2011 está chegando ao fim. O Ensino Fundamental acabou, e agora todos vocês estão começando aquela que, geralmente, é tida como a melhor fase da vida. É com imensa felicidade que afirmo com todas as letras que a vocês foram a melhor surpresa que este ano me reservou. 

Acredito que 2011 foi um presente para mim e para vocês. Acredito, também, que soubemos aproveitar esse presente, produzindo conhecimento e cultura com bases fortes e criando um laço de carinho e respeito definitvo. 

Desejo que vocês saibam levar adiante o que construímos na 8ªB; que jamais esqueçam que o respeito e o  amor tem muito mais valor do que o mundo de hoje nos faz acreditar; que vocês reguem a sementinha que plantamos juntos e permitam que a árvore da sabedoria floresça todos os dias na vida de vocês. 

Talvez vocês não tenham noção do tamanho da importância que têm em minha vida. Por isso, gostaria de  contar a vocês que, após um ano de convivência, o que fica para mim é:

a alegria de ter feito parte de um grupo que cresceu e amadureceu junto, sem perder o entusiasmo e a vontade de aprender;

o orgulho de ter sido conselheira e, muitas vezes, aconselhada por vocês;

o privilégio de conhecer cada um individualmente;

a felicidade de aprender mais do que ensinar;

o prazer de ter ultrapassado a relação professora-alunos e criar um laço eterno de carinho e amizade;

a renovação da minha fé no poder da Educação, aquela que vai além do quadro-negro e livros didáticos;

a gratidão por todos esses sentimentos e por fazer parte da história da turma, assim como por tê-los na minha própria história;

a saudade.


Aos que ficam comigo na escola, até a volta! Aos que deixam o Guanella em busca de novos caminhos, não esqueçam de nós!

Amo vocês!

Vivian

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Pietro Silva

Meu nome é Pietro Silva, também conhecido como Pipo, Pepe e, mais recentemente, como Pipi. 

Tenho 13 anos e sou sagitariano. 

Como caracteriza meu signo, sou um garoto muito sociável, não sou tímido e às vezes falo até demais. 

Acredito que tudo se consegue, basta lutar. Também acredito que, embora eu cometa muitos erros, as minhas qualidades os superam. 

Estou sempre de bem com a vida, apesar de muitas vezas não me entender. 

Juntando tudo, sou um garoto compreensível e de fácil convívio. Procuro sempre me divertir e ajudar a todos, mas nunca esquecendo a família, o mais importante. 

“Nada é impossível, só é preciso passar pelas barreiras que ao longo da vida se montam pelo caminho.”

Mariana Traiber

Meu Nome é Mariana Traiber, tenho 13 anos e sou uma menina bipolar, inconstante, super conversadeira, cheia de manias, fresca, chata, quase anti-social. Às vezes tímida, às vezes louca. 

Não gosto de me sentir sufocada. Tenho nojo de falsidade ou qualquer coisa desse tipo. Tenho fases como a lua. Às vezes, nem eu mesma me entendo. Hoje, quero muito. Amanhã? Talvez. 

Não dou trabalho. Não levo desaforo pra casa. Pareço boazinha, mas pisa no meu calo, pra ver só… 

Às vezes sensível, às vezes fria. 

Defeitos? Muitos. Mas acredito que minhas qualidades superam esses defeitos. 

Achava que esse meu jeitinho me incomodava, mas agora vejo que é isso que eu sou, de verdade. É minha essência, meu caráter, e quer saber? Eu adoro ser assim.

Ernesto Silva

     5 coisas que você vai saber sobre mim:


  •  Eu viajei para fora do país;
  •  Meu maior sonho é viajar para Roma;
  •  Eu sempre adorei basquete, mas desisti no primeiro ano da escolinha;
  •  Eu já sofri um pouco de bullying e consegui me recuperar;
  •  Por incrível que pareça, meu melhor amigo atual, já foi meu inimigo.

Luiza Gonçalves Frizon

Oi, gente! Meu nome é Luiza Gonçalves e  tenho 13 anos. 

Adoro ficar mexendo no PC (eu acho que todo mundo adora), comer lasanha, cozinhar comidas esquisitas e conversar com os meus amigos. 

Odeio gente ignorante e exibida assim como odeio preconceito e acordar cedo. 

Meu sonho é fazer curso de web designer na faculdade (eu sei que falta bastante tempo, mas é meu sonho). 

Adoro ouvir música. Sou fã do Red Hot Chili Peppers; depois que eu vi minha mãe ouvindo as músicas deles, me apaixonei. 

É isso aí, galera!

Beijos   =)



Richard Andrade - Quem sou eu?

Meu nome é Richard Peixoto de Andrade, tenho 14 anos, moro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. 

Não tenho uma vida tumultuada, mas isso não quer dizem que não seja ativa. Ando de skate, mas não sou profissional; na verdade, só ando por andar. Eu sei que muitas pessoas usam o  ´´ eu só ando por andar``, porque lhes falta habilidade, mas eu uso um Long. Mesmo o meu shape sendo de Street, é perfeitamente igual a um Long. 

Adoro música, principalmente Rock, Heavy Metal, Reggae, MPB, Acústicos e outras do mesmo gênero.Gosto de bandas como Evanescence, Linkin Park, Paramore, Glória, NX Zero, Simple Plan, Guns `n` Roses, entre muitas outras. Gosto muito de sons pesados, letras com palavras de revolução, mas musicas satânicas, como Slipknot, eu odeio e acho que não prescisavam existir.

Tenho um sonho de ser ator. Sei que isso é meio surreal, mas nem tudo na vida é impossível. Também gosto de cantar; recentemente me pediram para fazer algum cover de alguma música (foi a Ana quem pediu), eu ainda não o fiz porque eu não tinha a mínima ideia de qual música, mas agora já sei. Estou pensando em ´´Stop crying your heart out`` do Oasis. Minha voz para cantar é, ou pelo menos era, parecida em termos de agudo com a do vocalista do KOL (Kings of Lion), mas agora está um pouco diferente pois eu ando cantando muito músicas como as do Glória (um tipo de Heavy Metal brasileiro), e minha voz mudou muito por causa disso. Agora consigo cantar ´´gritando``  e não ficar tão rouco, e olha que isso não é fácil, não é qualquer um que tem essa habilidade. Mas eu fui abençoado com ela, consigo engrossar a voz com uma facilidade impressionante também. 

Odeio pessoas hipócritas, pessoas que agem por impulso, fazem coisas sem pensar, porque ações sem raciocínio podem causar o mal do outro, e os outros não devem sofrer pelo erro do mesmo.

Enfim, esse sou eu. Um guri que tem pensamentos loucos, adora filmes sangrentos, como Jogos Mortais. Talvez eu seja um pouco EMO ou Gótico, sim,  mas fazer o quê?  Esse é o meu eu verdadeiro.

Poesia ao ar livre!

Mais um projeto da turma. Declamação do Poema em Linha Reta, de Fernando Pessoa. Sala de aula transferida para o pátio, filmagem de Ana Muniz e participação de toda a turma. Isso é que eu chamo de trabalho em equipe.

Parabéns, pessoal! 

Confiram o resultado:




quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mais uma vez...

Na manhã de hoje, novamente, vocês me proporcionaram um momento inesquecível de realização profissional e, até mesmo, pessoal. Perceber a poesia tomando conta de cada um foi uma experiência simplesmente maravilhosa. 

Tenho certeza de que Fernando Pessoa estará sempre na lembrança de vocês, que souberam compreender e interpretar tão bem um poema forte e intenso como o Poema em Linha Reta

Obrigada pelo empenho e pela colaboração de todos. Parabéns, pessoal!

Beijos orgulhosos e ansiosos pelo resultado final do projeto.

AMO vocês.

Prof.Vivian

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lembrete!

Meus queridos! Não esqueçam: amanhã, terça-feira, começaremos a bagunça de gravação do Poema em Linha Reta.

Leiam, releiam, decorem o quanto puderem do poema.

Se possível, imprimam cada um a sua cópia.

Ana, prepara a música e não esquece a câmera e o violão!

Rezem para fazer sol até quinta-feira.

E, por favor, não faltem!!!!

See you tomorrow, folks!

Prof. Vivian

123 anos de Fernando Pessoa



PASSAGEM DAS HORAS (Álvaro de Campos)


Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero.


(...)


Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei
Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência,
Consangüinidade com o mistério das coisas, choque
Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos,
Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz.


(...)


Vi todas as coisas, e maravilhei-me de tudo,
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco - não sei qual - e eu sofri. 
Vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos, 
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse. 
Amei e odiei como toda gente,
Mas para toda a gente isso foi normal e instintivo,
E para mim foi sempre a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.


(...)


Sentir tudo de todas as maneiras,
Viver tudo de todos os lados,
Ser a mesma coisa de todos os modos possíveis ao mesmo tempo,
Realizar em si toda a humanidade de todos os momentos
Num só momento difuso, profuso, completo e longínquo.


(...)


Eu quero ser sempre aquilo com quem simpatizo,
Eu torno-me sempre, mais tarde ou mais cedo,
Aquilo com quem simpatizo, seja uma pedra ou uma ânsia, 
Seja uma flor ou uma idéia abstrata,
Seja uma multidão ou um modo de compreender Deus. 
E eu simpatizo com tudo, vivo de tudo em tudo.
São-me simpáticos os homens superiores porque são superiores,
E são-me simpáticos os homens inferiores porque são superiores também,
Porque ser inferior é diferente de ser superior,
E por isso é uma superioridade a certos momentos de visão.
Simpatizo com alguns homens pelas suas qualidades de caráter,
E simpatizo com outros pela sua falta dessas qualidades,
E com outros ainda simpatizo por simpatizar com eles,
E há momentos absolutamente orgânicos em que esses são todos os homens.


(...)


Multipliquei-me, para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.

(...)


Sentir tudo de todas as maneiras,
Ter todas as opiniões,
Ser sincero contradizendo-se a cada minuto,
Desagradar a si próprio pela plena liberalidade de espírito,
E amar as coisas como Deus. (...)



quinta-feira, 9 de junho de 2011

Poema em linha reta - Osmar Prado

Poema em linha reta

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.





Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Quem somos nós? Quem sou eu?

Depois de um período relativamente longo sem nenhuma postagem no blog, cá estamos novamente. Desta vez para dar nome aos bois. Isto é, para começar a mostrar para o mundo a nossa cara. Por isso, a partir deste momento, os leitores poderão conferir, em posts individuais, o perfil dos alunos da 8ªB do Guanella, através de um breve texto de apresentação e de uma foto.

Comecemos, então, com esta que vos fala. 

Meu nome é Vivian Cristina Alves de Carvalho e tenho 27 anos. Entre muitas outras coisas, sou escorpiana, geniosa, muitas vezes mal humorada, desorganizada e preguiçosa. Mas, como não só de defeitos é feito o ser humano, sou também dedicada, estudiosa, esforçada e amiga, muito amiga daqueles que cativam meu coração e fazem por merecer minha amizade.

No Guanella, comecei como professora de inglês para os pequenos da Educação Infantil e para os "aborrecentes" do Ensino Médio em 2007, apenas 1 ano após me formar em Letras, pela UFRGS. Não levou muito tempo até que eu descobrisse minha preferência pelos alunos mais velhos, e, nos anos seguintes acabei por abandonar as crianças e me dedicar exclusivamente ao Ensino Médio. Em 2009, fui convidada a assumir a disciplina de Literatura, minha grande paixão. Foi uma grande conquista para quem estava, no mesmo ano, prestes a obter o título de Mestre nessa área. Após 2 anos jurando que jamais assumiria turmas de Ensino Fundamental, em decorrência de algumas experiências negativas em outras escolas, surgiu a oportunidade de  dar aulas de Português para uma turma de 8ª série. Com um certo receio, aceitei a proposta. Afinal, em algum momento, seria necessário iniciar minha experiência como professora de Português. E qual não foi minha surpresa ao me deparar com a 8ªB. 25 alunos que, desde então, ocupam, cada um deles, um espacinho no meu coração para todo o sempre. A 8ªB representa para mim a completa realização profissional; me inspiram a ser uma professora de verdade, cada dia melhor. Mas, muito mais do que isso, são pessoas que entraram na minha vida para torná-la mais alegre e divertida.

Sim, sou professora por opção. Nunca, jamais me arrependi da minha escolha. Todos os anos, velhos conhecidos de sala deixam a escola e muita saudade nos professores que se apegam a eles; outros tantos passam a ocupar seu espaço. Mas, com a certeza mais absoluta, arrisco dizer que uma relação professor-aluno como a que me foi dada de presente em 2011 com a 8ªB não acontece com tanta frequência. 

Enfim, em resumo, essa sou eu hoje.

Agora é com vocês, meus queridos! 

Beijos e abraços a todos! 


A VIDA É O TREM QUE PASSA

A vida é o trem que passa. Os sonhos são vagões. O amor é o maquinista. Somos nós a estação. Adquira seu bilhete, faça sua escolha. O trem vai seguindo continuadamente. Em cada vagão, o desejo de sua mente. Há também tristezas, desilusões. Com a passagem na mão, escolha. A viagem, se longa, não sabemos. A bagagem é cada dia vivenciada. Mudar o rumo, podemos, sem mesmo saber da parada. A estação nunca pode estar vazia. Será sempre um passeio viver. Se sentar na janela, aprecie. Tudo é passagem, algo pode reter. Cada dia que passa é contagem regressiva. Viaje como se cada instante fosse único; cada olhar como se fosse o último. Respire fundo, o caminho é longo. Encontrará adversidades, tristezas, saudades, abismos, retas, curvas... inúmeras serão as vezes,que não veremos o que há além da curva. Mas o percurso seguirá sonhando. A vida é uma viagem. Somos mutantes. Somos passageiros. Somos nuvens. Somos fumaça, por não saber decifrar o mapa da vida. Algumas vezes nos perderemos no trajeto. Mas, para quem sonha, nada é impossível, nunca se perde, sempre se encontra. Escute, ouça, é o apito de mais uma partida. Poderá estar partindo para novos lugares, sem roteiros, sem destino, sem poente ou nascente. A direção é para a felicidade. Conduzirá e será conduzido. O maquinista, sempre atento, na história, na vida. De tudo que viver, uma coisa é certa: não se canse da viagem; prossiga, lute, grite, implore. Mas não desista, se cansar, acene, sorria. O maquinista não te deixará. Não hesite, não tema. Onde parar, um coração, certamente o acalentará. A viagem prossegue, e, sabendo onde quer ir, vá seguro, você consegue. Sabendo sempre que vai valente, sua viagem será eternamente... no vagão de primeira classe. 
                                                                                                                              Por: Mariana Traiber

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nova lei proíbe o uso de sacolas plásticas em Belo Horizonte!

A lei entrou em vigor nessa segunda feira, dia 18 de abril. Os locais que utilizarem de sacolas plásticas só serão multados se, após 30 dias, continuarem descumprindo a lei. E, se o uso continuar, a multa aumenta até que a autorização de funcionamento seja suspensa.

Eu, particularmente, adorei a lei e acho que pode ser aplicada nos outros estados do Brasil. E vocês? O que acharam dessa nova lei?

Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/brasil/nota.asp?materia=20110418083853



Por Eduarda Tamagno

Leitura e Cidadania


Uma das principais caracterísitas que distingue o ser humano dos demais animais é a capacidade de produzir conhecimento. Esta é a nossa principal fonte de sobrevivência.
Vocês já pararam para pensar na quantidade de transformações pelas quais o nosso mundo passou desde os primórdios de sua existência? Muitas dessas mudanças ocorreram pela própria ação da natureza, obviamente. Entretanto, não podemos ignorar as inovações científicas, tecnológicas e culturais que nos fizeram chegar onde estamos hoje. Tudo isso foi e ainda é possível porque o homem é capaz não apenas de absorver informações, mas também de criar, no sentido mais amplo que essa palavra pode ter.
Embora a vida, hoje, gire em torno de uma máquina que nos proporciona infinitas possibilidades de entretenimento, trabalho, conhecimento e cultura, a humanidade ainda continua escrevendo livros. São eles, os livros, a melhor maneira de armazenar conhecimento de uma maneira palpável, bem diferente da realidade virtual que está cada vez mais presente em nossas vidas.
 Ainda assim, não devemos ser intransigentes e limitados a ponto de negar a facilidade de acesso à cultura que a Internet oferece. Muito mais do que sites de relacionamentos e programas de mensagens instantâneas, a rede de computadores é uma fonte inesgotável de leitura, através de blogs, jornais e revistas em versões on line e até mesmo livros eletrônicos, sem falar nos polêmicos downloads.
A leitura é, sem dúvida alguma, o maior agente formador de cidadãos em sentido pleno, capazes não apenas de aprender, mas também de produzir conhecimento. E este conhecimento é o que nos possibilita observar, analisar, criticar e, finalmente, modificar a realidade. Isso é sobrevivência. Isso é evolução. Isso é cidadania.
Portanto, aproveitem o imenso universo de oportunidades de leitura disponíveis à sua volta. Deixem seus computadores de lado por algumas horas e frequentem bibliotecas. Estimulem suas mentes. Exercitem sua cidadania de forma crítica e consciente. Sejam curiosos. Busquem aprender sempre mais. Ampliem seus horizontes. A cultura não tem limites e pode ajudá-los a serem cidadãos que pensam, agem e modificam o mundo à sua volta.


Por Prof. Vivian

sábado, 26 de março de 2011

Porto Alegre, 239 anos


O MAPA
Mario Quintana

Olho o mapa da cidade 
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...


(Em "Apontamentos da História Sobrenatural")

Por Profª. Vivian

quinta-feira, 24 de março de 2011

VAI SER TÃO TRISTE...

... quando a gente se separar, olhar as fotos do ano; ir às aulas todos os dias sabendo que cada um vai para um ladoque o tempo de turma unida vai acabar um dia. Às vezes penso no que vai ser a minha vida quando eu não tiver estes grandes amigos no meu dia-a-dia, vocês que me animam, estão sempre comigo para me fazer rir, para me fazer feliz. É como se milhões de coisas desabassem sobre a sua cabeça. E só restarão saudades daqueles que foram um dia meus amigos, meus irmãos e que para sempre, por mais que a gente se separe, vão ter um espaço importante na minha vida

Por Mariana Traiber

Mostrando a nossa cara!

Canção do Cidadão

Na aula de hoje, mais uma demonstração do talento e do empenho da turma:


quarta-feira, 23 de março de 2011

Discurso de formatura


  • "Quando tínhamos cinco anos, pediam-nos que disséssemos o que queríamos ser quando crescêssemos. As nossas respostas foram coisas como astronauta, presidente, ou, no meu caso, uma princesa. Quando tínhamos dez anos, eles perguntavam novamente. Nós respondemos estrela de rock, cowboy, ou, no meu caso, medalhista de ouro. Mas agora que nós crescemos, eles pedem-nos uma resposta séria. Bem, quem diabos sabe? Este não é o momento de tomar decisões duras e rápidas, esta é a hora de cometer erros: apanhar o trem errado e ficar preso num lugar qualquer. Apaixone-se … muito. Interesse-se por filosofia, porque não há nenhuma maneira de fazer uma carreira além disso. Mude a sua mente e mude de novo, porque nada é permanente. Então, cometa muitos erros, os mais que conseguir! Dessa forma, um dia, quando nos voltarem a perguntar o que queremos ser, não teremos de adivinhar. Saberemos."
    Citação do filme Eclipse.
    Por Eduarda Tamagno

Pense sobre isso




Por Eduarda Tamagno

A little bit of Liz Taylor

Hoje foi anunciada a morte de Elizabeth Taylor. Não sabem quem foi ela? Informem-se!



Conhecendo Scliar


Para conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra de Moacyr Scliar, escritor gaúcho que faleceu no dia 27 de fevereiro deste ano:


Acessem!

Pesquisa revela que falar vários idiomas ajuda a ter boa memória

Quem fala três idiomas tem o triplo de chance de ser menos propenso a ter problemas cognitivos em comparação àqueles que são bilíngues


Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa em Saúde (Centre de Recherche Public de la Santé - CRP), de Luxemburgo, revelou que ter conhecimento sobre outros idiomas é bom para a memória.

Foram entrevistados 230 pessoas, entre homens e mulheres, com idade média de 73 anos, que falavam entre dois e sete idiomas. Dos participantes, somente 44 indicaram problemas cognitivos, o restante não tinha qualquer reclamação com relação à memória.

Para Débora Amador Queiroz, tutora do Portal Educação, a pesquisa é um incentivo ao aprendizado de novos idiomas.

— Quem nunca teve um branco na memória? Com o tempo, isso vai acontecendo com mais frequência, e as possibilidades de esquecermos fatos importantes no nosso futuro são gigantescas. O resultado é mais uma vantagem e de "hablar español" e "learn a good english" — defende.

Além disso, segundo a pesquisa, quem fala três idiomas tem o triplo de chance de ser menos propenso a ter problemas cognitivos em comparação àquelas que são bilíngues. 

Pessoas que têm domínio de até dois idiomas são quatro vezes menos propensas a ter qualquer prejuízo em sua cognição.


Fonte: http://www.clicrbs.com.br/especial/rs/bem-estar (23/03/11, 14h48)

terça-feira, 22 de março de 2011

Sonhos Lúcidos

Alguém sabe o que é isso? Bom... Esses tempos aconteceu comigo. Sonhos lúcidos é quando sonhamos, mas temos a consciência disso. É como se estivéssemos acordados, e na maioria das vezes também podemos controlá-lo. Existem muitos estudos sobre isso, explicações espirituiais, científicas, inclusive livros falando sobre o mesmo.
"Os benefícios do sonhar consciente:
Acredito porém,  que o grande benefício desta capacidade de sonhar consciente é o aprendizado que se tem e a potencialidade de aplicação no nosso dia a dia. Ao valorizar os seus sonhos o seu Eu Maior entrará em contato mais frequente e diretamente com você. Será criada uma linguagem simbólica só sua para esta comunicação.
Nos sonhos lúcidos a mensagem é absorvida de uma forma direta e completa, e não apenas parcialmente como acontece no nosso dia que percebemos o mundo de forma fragmentada, através dos sentido e depois a mente monta a realidade que acreditamos ser a forma correta. Pode até ser correta, mas não é completa.
Recomendo que estude os sonhos e não comente com outros, principalmente com aqueles que se julgam o do da verdade." 
Autor desconhecido. 




Como eu já tive essa experiência, depois do acontecido eu decidi pesquisar. Achei muito diferente... Nunca tinha ouvido falar antes. Como existem diversas explicações, e eu não tenho opinião formada nem sobre a base cientifica, e muito menos espiritual, deixo que a minha mente trabalhe com isso durante o meu sonho, praticando-o quando necessário.

Por Eduarda Tamagno

quinta-feira, 17 de março de 2011

St. Patrick's Day

About Saint Patrick

Saint Patrick was the patron saint and national apostle of Ireland who is credited with bringing christianity to Ireland. Most of what is known about him comes from his two works, the Confessio, a spiritual autobiography, and his Epistola, a denunciation of British mistreatment of Irish christians. Saint Patrick described himself as a "most humble-minded man, pouring forth a continuous paean of thanks to his Maker for having chosen him as the instrument whereby multitudes who had worshipped idols and unclean things had become the people of God."

Saint Patrick is most known for driving the snakes from Ireland. It is true there are no snakes in Ireland, but there probably never have been - the island was separated from the rest of the continent at the end of the Ice Age. As in many old pagan religions, serpent symbols were common and often worshipped. Driving the snakes from Ireland was probably symbolic of putting an end to that pagan practice. While not the first to bring christianity to Ireland, it is Patrick who is said to have encountered the Druids at Tara and abolished their pagan rites. The story holds that he converted the warrior chiefs and princes, baptizing them and thousands of their subjects in the "Holy Wells" that still bear this name.
There are several accounts of Saint Patrick's death. One says that Patrick died at Saul, Downpatrick, Ireland, on March 17, 460 A.D. His jawbone was preserved in a silver shrine and was often requested in times of childbirth, epileptic fits, and as a preservative against the "evil eye." Another account says that St. Patrick ended his days at Glastonbury, England and was buried there. The Chapel of St. Patrick still exists as part of Glastonbury Abbey. Today, many Catholic places of worship all around the world are named after St. Patrick, including cathedrals in New York and Dublin city

Why Saint Patrick's Day?

Saint Patrick's Day has come to be associated with everything Irish: anything green and gold, shamrocks and luck. Most importantly, to those who celebrate its intended meaning, St. Patrick's Day is a traditional day for spiritual renewal and offering prayers for missionaries worldwide. 
So, why is it celebrated on March 17th? One theory is that that is the day that St. Patrick died. Since the holiday began in Ireland, it is believed that as the Irish spread out around the world, they took with them their history and celebrations. The biggest observance of all is, of course, in Ireland. With the exception of restaurants and pubs, almost all businesses close on March 17th. Being a religious holiday as well, many Irish attend mass, where March 17th is the traditional day for offering prayers for missionaries worldwide before the serious celebrating begins.
In American cities with a large Irish population, St. Patrick's Day is a very big deal. Big cities and small towns alike celebrate with parades, "wearing of the green," music and songs, Irish food and drink, and activities for kids such as crafts, coloring and games. Some communities even go so far as to dye rivers or streams green!

Atenção: primeira leitura obrigatória

O MÉDICO E O MONSTRO
DR. JEKYLL AND MR. HYDE

Robert Louis Stevenson

Tradução de José Paulo Golob, Maria Angela Aguiar e Roberta Sartori
112 páginas
Preço de tabela: R$10,00

As suspeitas começaram quando Mr. Utterson, um circunspecto advogado londrino, leu o testamento de seu velho amigo Henry Jekyll. Qual era a relação entre o respeitável Dr. Jekyll e o diabólico Edward Hyde? Quem matou Sir Danvers, o ilustre membro do parlamento londrino?

Assim começa uma das mais célebres histórias de horror da literatura mundial. A história assustadora do infernal alter ego do Dr. Jekyll e da busca através das ruas escuras de Londres que culmina numa terrível revelação.

O escocês Robert Louis Stevenson é considerado um dos maiores escritores da literatura mundial. Inexcedível no gênero de romances de aventuras, é autor de A ilha do tesouro, um dos livros mais célebres de todos os tempos (1883). O médico e o monstro é um clássico entre os clássicos de horror e mistério. Stevenson escreveu ainda O raptado, As aventuras de David Balfour, O morgado de Ballantrae, entre outros.


SOBRE O AUTOR

Nascido em Edimburgo em 1850, Robert Louis (originalmente, Lewis) Balfour Stevenson era filho de um próspero engenheiro civil. Seu pai desejava que ele seguisse sua profissão, porém a má saúde e a fraca disposição de seu filho significavam que teriam de decidir-se por uma carreira alternativa. Escolhendo o curso de Direito como um compromisso, Stevenson matriculou-se na Universidade de Edimburgo, porém sua crescente desilusão com a respeitabilidade presbiteriana da classe de seus pais conduziu a freqüentes discussões e ele distanciou-se da família, preferindo em vez disso levar uma vida boêmia. Sua fascinação pela vida do baixo mundo da cidade e pelos caracteres bizarros que nela encontrava forneceu um rico material para suas histórias posteriores. Em 1875, quando Stevenson completou seus estudos de Direito, já estava determinado a tornar-se um escritor profissional.

Quando ainda se encontrava no princípio da casa dos vinte anos, ele começou a sofrer de severos problemas respiratórios, que o clima escocês não fez nada para melhorar. Na tentativa de aliviar seus sintomas, ele passou grande parte de sua vida viajando para climas mais quentes; e foi enquanto vivia na França, em 1876, que conheceu sua futura esposa, Mrs. Fanny Osbourne, uma mulher dez anos mais velha do que ele. Em 1879, ele a seguiu até a Califórnia, viajando em um navio de imigrantes, e depois ambos se casaram, assim que o divórcio dela foi oficializado. As primeiras obras publicadas de Stevenson, Uma Viagem pelo interior (1878) e Viagens com um burro nas Cervennes (1879), baseadas em suas próprias aventuras, foram seguidas por um fluxo constante de artigos e ensaios.

Todavia, foi somente em 1883 que apareceu sua primeira obra de ficção extensa, A ilha do tesouro. Uma fase grave de doença, seguida por um período de descanso em Bournemouth, colocou Stevenson em contato com Henry James e os dois ficaram grandes amigos. O reconhecimento que Stevenson recebeu após a publicação de A ilha do tesouro cresceu com a publicação de O estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde (O médico e o monstro) e Raptado, em 1886. Em 1888, ele levou sua família para os Mares do Sul, novamente em busca de um clima que melhor se coadunasse com suas condições de saúde. Após estabelecer-se em Samoa, ganhou reputação como contador de histórias, especialmente entre os nativos. Morreu de uma hemorragia cerebral, enquanto trabalhava em sua obra-prima inacabada, Weir of Hermiston, em 1894.

A criação calvinista de Stevenson e sua constante luta contra a má saúde conduziram à sua preocupação com a morte e o lado mais escuro da natureza humana, como é revelado em seu trabalho. A despeito da afirmação de Stevenson de que “a ficção é para o homem adulto o que o brinquedo representa para a criança”, ele havia, no final de sua vida, dominado uma enorme variedade de tipos de ficção, desde os contos de aventuras históricas e romances de espadachins até as histórias de horror em estilo gótico.

Professora Vivian...


Vivian. O que falar sobre ela? Não tivemos muitas aulas com ela ainda, mas já deu para perceber que se tem uma professora ali que é mais "tree"; que ela é roubo, porque é demais. 


Debates que nunca aconteceram com as professoras anteriores; aulas no pátio em português, nem se fala. Em menos de 1 mês ja fizemos coisas que demorariam uns 6 meses para acontecer. E um blog... nossa, nunca passou pela cabeça de outro professor(a) fazer isso.


Sora, eu te amo não só porque você faz essas coisas, mas pelo seu modo de agir; um jeito de chegar na aula sem dizer nada sobre conteúdo, falando sobre o que fizemos no fim de semana ou no dia anterior. Coisas que te diferenciam de outros professores.


Te amo, sora, e não falo isso da boca para fora porque sei que mais  de metade das pessoas com quem falei e perguntei gostam muito de você. Todos nós queremos que você continue assim, linda, maravilhosa.


Te  amo, soraaaaaaaaaaaaaaaaaaa!




Por Lucas Nunes

Ano de formatura...

Alguns dizem ser o melhor ano de nossas vidas, mas também temos muitos problemas a resolver neste ano: vamos seguir neste colégio? Provas? Trabalhos? Isso se resume a uma só coisa que temos que fazer todos anos, estudar,estudar e estudar. Cada vez mais os desejos se realizam pelo meio dos estudos, mas isso tudo é só uma parte do que temos que fazer. Temos, também, o dever de não deixar de lado as velhas amizades. 

Cada vez mais a história vai se escrevendo e se marcando a cada dia que passa até chegar a hora de receber sua nota final de todos os trimestres. Mas como ainda estamos no 1º trimestre e o último vai demorar para chegar,vamos fazer coisas,discutir,debater, enfim... ser felizes!


Por Lucas Nunes

terça-feira, 15 de março de 2011

Devia ter amado mais...



Por Eduarda Tamagno

E aí, gurizada?

Vocês sabiam que os Estados Unidos são responsáveis por mais de 60% das industrias de gases poluentes em todo o mundo? Vocês sabiam também que ele foi o único país que não assinou o protocolo da ONU para a diminuição desses mesmos gases? Tenho certeza de que algo aí não está certo. Precisamos garantir o futuro da humanidade! Ação urgente: fazer com que algum baixo assinado, ou algo do tipo, chegue à mesa do presidente Barack Obama. É essencial que os Estados Unidos também façam parte do protocolo de Kioto.


Por Eduarda Tamagno

Pray 4 Japan

O que está acontecendo no Japão e no resto do mundo é horrivel. Precisamos ter consciência! #prayforjapan


Por Eduarda Tamagno

Para refletir...

O Gigolô das Palavras, por Luís Fernando Verissimo



Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão, designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Cada grupo portava seu gravador cassete, certamente o instrumento vital da pedagogia moderna, e andava arrecadando opiniões. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa ("Culpa da revisão! Culpa da revisão !"). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer "escrever claro" não é certo mas é claro, certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover... Mas aí entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o esqueleto da língua. Só predomina nas línguas mortas, e aí é de interesse restrito a necrólogos e professores de Latim, gente em geral pouco comunicativa. Aquela sombria gravidade que a gente nota nas fotografias em grupo dos membros da Academia Brasileira de Letras é de reprovação pelo Português ainda estar vivo. Eles só estão esperando, fardados, que o Português morra para poderem carregar o caixão e escrever sua autópsia definitiva. É o esqueleto que nos traz de pé, certo, mas ele não informa nada, como a Gramática é a estrutura da língua mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em Gramática pura.
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas - isso eu disse - vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão indispensável que eu ganho a vida escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me deixo dominar por elas. Não me meto na sua vida particular. Não me interessa seu passado, suas origens, sua família nem o que outros já fizeram com elas. Se bem que não tenho o mínimo escrúpulo em roubá-las de outro, quando acho que vou ganhar com isto. As palavras, afinal, vivem na boca do povo. São faladíssimas. Algumas são de baixíssimo calão. Não merecem o mínimo respeito.
Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria a sua patroa ! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção dos lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias pra saber quem é que manda.






Pensem sobre isso. Nos falamos na quinta-feira.

Beijos,

Vivian

segunda-feira, 14 de março de 2011

Vinte e cinco em um

Autenticidade. Poderíamos distribuir na rua, se houvesse maneira. 
Há tempos que o "B" adicionado à nossa turma nos torna especialmente bonitos, digo, batalhadores.
Não resumo o adjetivo somente às notas porque não acho que precisamos ser um exemplo de boas notas para sermos uma boa turma. Nós batalhamos para cativar, nós deixamos que as pessoas ao nosso redor nos conheçam. Dentro e fora da escola. 
Por conta disso e outros fatores naturais (e sobrenaturais), vamos ter um blog pra expor opiniões, prós, contras, críticas, gostos, desgostos, prazeres e coisas não tão prazerosas. 
Nosso mundo não se fecha em uma sala de aula, em um corpo colegial, em uma cidade (ou em um bairro, digo).
Nossas ideias e nosso senso de humor apurado serão acrescentados aqui, para que, além de compartilhar a sabedoria (e as coisas nem tão sábias) dentro da nossa sala de aula, possamos mostrar isso para... Ti. 
Vai ser com intensidade, digo, muita intensidade, que esse blog vai começar e, junto dele, o nosso ano. 
See ya! 

Por Ana Paula Muniz

Entrem e fiquem à vontade!

Caríssimos alunos da 8ª série B do Colégio Don Luís Guanella,

Este espaço é de vocês. Usem-no com muita inteligência e com a mesma inspiração que despertam em mim cada vez que entro em sala de aula e compartilho meu tempo e minha experiência com vocês.

Lembrem-se: escrever é um ato de liberdade. Liberdade de ideias, sentimentos, pensamentos, emoções, críticas, etc. Porém, toda liberdade necessita de muito cuidado para ser sábia. Sejam sábios.

Mãos à obra!

Prof. Vivian - Língua Portuguesa